1. O levantamento dos fatos
Se olharmos para os últimos sete anos, a partir do atentado contra Jair Bolsonaro em 2018, vemos um fio contínuo de violência que tem como alvo políticos e líderes conservadores. A lista é extensa e impressiona pela abrangência internacional:
2018 – Brasil: Jair Bolsonaro, então candidato à presidência, esfaqueado em Juiz de Fora (MG). Sobreviveu, mas carrega sequelas até hoje.
2019 – Alemanha: Walter Lübcke, político conservador, assassinado por um extremista.
2021 – Reino Unido: David Amess, membro do Partido Conservador, morto a facadas por um terrorista ligado ao Estado Islâmico.
2022 – Japão: Shinzo Abe, ex-primeiro-ministro, baleado durante comício; morreu em decorrência dos ferimentos.
2023 – Equador: Fernando Villavicencio, candidato à presidência, símbolo anticorrupção, assassinado logo após um comício.
2023 – Espanha: Alejo Vidal-Quadras, fundador do VOX, atingido no rosto por disparo; sobreviveu.
2023 – Holanda: Thierry Baudet, líder do Fórum para a Democracia, atacado com garrafa de vidro, ficou gravemente ferido.
2024 – Eslováquia: Robert Fico, primeiro-ministro, baleado; ficou entre a vida e a morte.
2024 – EUA: Donald Trump, alvejado na orelha por atirador; em setembro, outro atentado foi evitado por sua equipe de segurança.
2025 – Colômbia: Miguel Uribe Turbay, senador conservador e líder da oposição, baleado em junho; morreu em agosto após resistir em estado crítico.
2025 – Ucrânia: Andriy Parubiy, ex-presidente do Parlamento, assassinado a tiros em Lviv.
A esses nomes de maior destaque, somam-se
inúmeros outros em escalas regionais — candidatos municipais e estaduais no
Brasil, lideranças comunitárias, militantes de direita em diferentes partes do
mundo. O padrão é claro: quem ousa desafiar a hegemonia progressista ou
comunista vira alvo preferencial da violência.
2. A interpretação histórica: quando a violência se torna método
Não se trata de coincidência. O discurso contra conservadores é repetido em várias partes do mundo: “fascistas”, “nazistas”, “genocidas”, “radicais”. Essa linguagem não é gratuita: ela cria o ambiente psicológico que autoriza a violência, como se o adversário não fosse apenas um oponente político, mas um inimigo da humanidade que precisa ser “extirpado” — termo usado pelo próprio Lula no passado.
Essa lógica tem raízes no pensamento revolucionário. Karl Marx foi explícito: toda a ordem existente — religião, moral, direito, economia, família, educação — deveria ser destruída para dar lugar ao socialismo e, posteriormente, ao comunismo. Ou seja, não se trata de reforma, mas de destruição total.
Quando essa mentalidade é absorvida, os graus
de adesão aumentam: primeiro, simpatia; depois, engajamento; em seguida,
militância ativa; até chegar ao ponto em que o opositor é visto como obstáculo
a ser eliminado fisicamente. O revolucionário, nesse estágio, já não enxerga a
humanidade do outro, mas apenas um “inimigo de classe” ou “agente do mal” a ser
aniquilado.
3. A dimensão filosófico-espiritual: além da política
Aqui, entramos em um campo mais profundo. Há atos de violência que podem ser explicados por paixão, vingança ou até desequilíbrio psicológico. Mas o que dizer do regozijo diante do sangue, da comemoração diante da morte de um opositor, da indiferença fria diante do sofrimento humano?
É nesse ponto que a explicação puramente psiquiátrica se esgota. O revolucionário tomado pela mentalidade de destruição absoluta entra em uma lógica que beira — ou ultrapassa — a dimensão espiritual. Como bem apontava Olavo de Carvalho, “o comunista quer te matar”. Não por acidente, mas porque a sua adesão a uma ideologia de morte o conduz inexoravelmente a justificar, desejar ou até executar o extermínio do adversário.
Essa mentalidade é anticivilizatória. Ela não
constrói: apenas destrói. Ela não debate: cala. Ela não convence: elimina. E
quanto mais o discurso de ódio contra conservadores for normalizado, mais casos
como os listados acima continuarão a se repetir.
Conclusão
Estamos diante de um padrão histórico, político e espiritual. Os conservadores, em diferentes países, estão sob ataque físico, não apenas verbal. A esquerda, ao se apropriar do discurso de demonização do adversário, abre as portas para que mentes frágeis ou radicalizadas transformem palavras em balas, facadas e sangue derramado.
A pergunta que resta é dura, mas inevitável:
quantos líderes conservadores ainda precisarão ser mortos para que o mundo
perceba que esse caminho leva à aniquilação do próprio conceito de sociedade
civilizada?
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