A crise que enfrentamos no Brasil vai muito além dos indicadores econômicos, da insegurança nas ruas ou da precariedade dos serviços públicos. Ela é, sobretudo, uma crise de lucidez no comando do Estado. Quando um governo opta por desincentivar o empreendedorismo, aumentar impostos sem critérios, cortar verbas essenciais e manter a população dependente de políticas assistencialistas, estamos diante de um projeto que não visa o desenvolvimento — mas o controle.
O cenário
é alarmante. A máquina pública consome recursos de forma descontrolada,
enquanto áreas essenciais como saúde, educação e segurança são negligenciadas.
O ambiente de negócios se torna cada vez mais hostil, com aumento da carga
tributária e entraves burocráticos que penalizam quem deseja produzir e gerar
empregos. Empreender no Brasil, hoje, é quase um ato de resistência.
Para
piorar, há uma clara afinidade ideológica com regimes opressores, autoritários
e ditatoriais ao redor do mundo. Em vez de buscar alianças estratégicas com
democracias desenvolvidas, o governo prefere estender a mão a nações onde a
liberdade é suprimida e os direitos humanos são ignorados. Não se trata apenas
de diplomacia; trata-se de uma escolha de lado — e, nesse caso, o lado errado
da história.
E como se
não bastasse o isolamento voluntário, o governo se arrisca em devaneios
diplomáticos perigosos ao confrontar potências políticas, econômicas e
militares, como os Estados Unidos. Essa postura, além de imprudente, compromete
relações comerciais, acordos estratégicos e o prestígio internacional do país,
expondo ainda mais a fragilidade de nossa posição no cenário global.
No plano
interno, o Judiciário — que deveria ser o garantidor do equilíbrio entre os
poderes — vem agindo com clara motivação ideológica. Medidas desproporcionais,
interpretações seletivas da Constituição e perseguições políticas se tornaram
rotina, colocando em xeque a própria democracia e minando a confiança da
população nas instituições.
Diante de
tudo isso, a adesão cega a um projeto de Esquerda já não parece mais uma
simples escolha política legítima. Torna-se, em muitos casos, um estado de
negação da realidade, uma obstinação ideológica que ignora os resultados
desastrosos de sua aplicação prática. Quando a ideologia se sobrepõe à razão, à
ética e ao bem comum, o país paga um preço alto — e o povo, como sempre, é o
mais penalizado.
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