segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Haddad e a Economia da Incompetência


 

O Brasil hoje tem um ministro da Fazenda que não consegue responder uma pergunta simples com raciocínio lógico. É inconsistente e confuso em conceitos básicos, inventa causas inexistentes e cai em contradições primárias. Não é apenas um gestor ruim: é um ministro inapto, inseguro e intelectualmente frágil. Sua condução não inspira confiança muito menos seriedade. Improvisa desculpas e o país paga a conta da sua incompetência.

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Em julho, as estatais brasileiras acumularam um rombo de R$ 2 bilhões. Ao ser questionado sobre o motivo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reduziu o problema inteiro aos Correios. Sua resposta não foi apenas simplista: foi um retrato de despreparo, contradição e incapacidade de análise.

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O diálogo...

 

Jornalista: Ministro, eu queria te perguntar sobre as estatais, que registraram um déficit de R$ 2 bilhões agora em julho. Qual é a avaliação que o senhor faz? Por que as estatais estão dando tanto prejuízo depois de terem dado lucro em anos anteriores?

Taxad: Olha, nós temos basicamente um problema nos Correios hoje. Os Correios hoje inspiram cuidado...

Jornalista: Por quê?

Taxad: Porque houve a quebra do monopólio, e hoje o Correio está com um passivo de ter que entregar as cartas, para quem usa ainda o Correio, nas regiões mais remotas do país.

Se você mandar uma carta de São Paulo para o interior da Amazônia, o Correio vai lá e entrega pelo valor do selo, e aquilo ali não se paga, imagina, não tem como você pagar com o selo, mandar uma carta física para o interior de uma região longínqua do país. Então, o Correio tem um problema estrutural, que é o enorme subsídio daquilo que ficou para ele. Porque quem concorre com o Correio não tem nenhuma obrigação de entregar a carta, ele só faz pelo preço que compensa.

Então, olha a situação paradoxal que nós criamos. Quebrou-se o monopólio, o Correio ficou com uma obrigação, e ele não tem funding para custear o subsídio.

Jornalista: Mas a mudança da lei nas estatais não está relacionada a isso, não?

Taxad: Não.

Enquanto todos os concorrentes do Correio vão pegando o filé mignon, a picanha, e vão deixando o Correio com o osso, para o qual ele não tem recurso para subsidiar. Então, esse é o problema que o Correio está enfrentando, que é um problema também estrutural, ele está tentando se reinventar, mas hoje a concorrência internacional, inclusive em relação aos Correios, é monstruosa. Com esses marketplaces, Mercado Livre, Amazon, todos eles.

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Numerando absurdos...


1. A fuga covarde da pergunta

A questão era clara: por que as estatais estão dando prejuízo depois de anos de lucro? Em vez de olhar para o conjunto, Haddad apontou apenas os Correios, como se o déficit de todas as estatais fosse culpa de uma única empresa. É o velho truque do bode expiatório: desviar o foco para não encarar a realidade.

 

2. O delírio do “monopólio quebrado”

Segundo o ministro, os Correios teriam problemas porque “perderam o monopólio”. Mentira. O monopólio legal de cartas e correspondências pessoais continua intacto. A concorrência privada sempre existiu no transporte de encomendas, inclusive nos tempos em que os Correios davam lucro.

A fala revela ignorância ou má-fé. De qualquer forma, demonstra incompetência.

 

3. Confusão grosseira sobre subsídio

Haddad chamou de “enorme subsídio” a obrigação legal dos Correios de entregar cartas em todo o território nacional. Isso não é subsídio: é dever da estatal.

Mais grave ainda: o ministro apresentou o “subsídio” como se fosse um passivo, algo negativo, quando na verdade, se existisse de fato, seria um ativo para investimentos.

Ou Haddad não entende o básico de economia, ou prefere distorcer a realidade para justificar o fracasso. Nos dois casos, é um atestado de incapacidade.

 

4. O verdadeiro problema que ele não enxerga

O buraco dos Correios vem de má gestão crônica, ineficiência logística, greves intermináveis e uso político da estatal como cabide de emprego. Nada disso foi mencionado. Haddad preferiu inventar desculpas.

Enquanto isso, empresas privadas como Amazon e Mercado Livre esmagam os Correios em eficiência. O ministro, em vez de reconhecer a falência do modelo estatal, se esconde atrás de falácias.

 

5. A contradição que denuncia o improviso

Na mesma fala, Haddad afirma que os Correios têm “um enorme subsídio” e, ao mesmo tempo, “não têm funding” para custear suas obrigações. Como pode existir um subsídio gigantesco e faltar fonte de custeio?

É uma contradição grotesca, que escancara a improvisação de quem fala sem dominar o assunto.

No fim, o Brasil não tem um ministro da Fazenda: tem um improvisador de desculpas que não sabe diferenciar causa de consequência. A economia do país está nas mãos de um amador.

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