O Brasil hoje tem um ministro da Fazenda que
não consegue responder uma pergunta simples com raciocínio lógico. É
inconsistente e confuso em conceitos básicos, inventa causas inexistentes e cai
em contradições primárias. Não é apenas um gestor ruim: é um ministro inapto,
inseguro e intelectualmente frágil. Sua condução não inspira confiança muito
menos seriedade. Improvisa desculpas e o país paga a conta da sua
incompetência.
_______________________________________________________
Em julho, as estatais brasileiras acumularam
um rombo de R$ 2 bilhões. Ao ser questionado sobre o motivo, o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, reduziu o problema inteiro aos Correios. Sua resposta
não foi apenas simplista: foi um retrato de despreparo, contradição e
incapacidade de análise.
_______________________________________________________
O diálogo...
Jornalista: Ministro, eu queria te perguntar sobre as estatais, que registraram um déficit de R$ 2 bilhões agora em julho. Qual é a avaliação que o senhor faz? Por que as estatais estão dando tanto prejuízo depois de terem dado lucro em anos anteriores?
Taxad: Olha, nós temos basicamente um problema nos Correios hoje. Os Correios hoje inspiram cuidado...
Jornalista: Por quê?
Taxad: Porque
houve a quebra do monopólio, e hoje o Correio está com um passivo de ter que
entregar as cartas, para quem usa ainda o Correio, nas regiões mais remotas do
país.
Se você mandar uma carta de São Paulo para o interior da Amazônia, o
Correio vai lá e entrega pelo valor do selo, e aquilo ali não se paga, imagina,
não tem como você pagar com o selo, mandar uma carta física para o interior de
uma região longínqua do país. Então, o Correio tem um problema estrutural, que
é o enorme subsídio daquilo que ficou para ele. Porque quem concorre com o
Correio não tem nenhuma obrigação de entregar a carta, ele só faz pelo preço
que compensa.
Então, olha a situação paradoxal que nós criamos. Quebrou-se o monopólio, o Correio ficou com uma obrigação, e ele não tem funding para custear o subsídio.
Jornalista: Mas a mudança da lei nas estatais não está relacionada a isso, não?
Taxad: Não.
Enquanto todos os concorrentes do Correio vão pegando o filé mignon, a
picanha, e vão deixando o Correio com o osso, para o qual ele não tem recurso
para subsidiar. Então, esse é o problema que o Correio está enfrentando, que é
um problema também estrutural, ele está tentando se reinventar, mas hoje a
concorrência internacional, inclusive em relação aos Correios, é monstruosa.
Com esses marketplaces, Mercado Livre, Amazon, todos eles.
_______________________________________________________
Numerando absurdos...
1. A fuga covarde da pergunta
A questão era clara: por que as estatais estão
dando prejuízo depois de anos de lucro? Em vez de olhar para o conjunto, Haddad
apontou apenas os Correios, como se o déficit de todas as estatais fosse culpa
de uma única empresa. É o velho truque do bode expiatório: desviar o foco para
não encarar a realidade.
2. O delírio do “monopólio quebrado”
Segundo o ministro, os Correios teriam problemas porque “perderam o monopólio”. Mentira. O monopólio legal de cartas e correspondências pessoais continua intacto. A concorrência privada sempre existiu no transporte de encomendas, inclusive nos tempos em que os Correios davam lucro.
A fala revela ignorância ou má-fé. De qualquer
forma, demonstra incompetência.
3. Confusão grosseira sobre subsídio
Haddad chamou de “enorme subsídio” a obrigação
legal dos Correios de entregar cartas em todo o território nacional. Isso não é
subsídio: é dever da estatal.
Mais grave ainda: o ministro apresentou o “subsídio” como se fosse um passivo, algo negativo, quando na verdade, se existisse de fato, seria um ativo para investimentos.
Ou Haddad não entende o básico de economia, ou
prefere distorcer a realidade para justificar o fracasso. Nos dois casos, é um
atestado de incapacidade.
4. O verdadeiro problema que ele não enxerga
O buraco dos Correios vem de má gestão crônica, ineficiência logística, greves intermináveis e uso político da estatal como cabide de emprego. Nada disso foi mencionado. Haddad preferiu inventar desculpas.
Enquanto isso, empresas privadas como Amazon e
Mercado Livre esmagam os Correios em eficiência. O ministro, em vez de
reconhecer a falência do modelo estatal, se esconde atrás de falácias.
5. A contradição que denuncia o improviso
Na mesma fala, Haddad afirma que os Correios
têm “um enorme subsídio” e, ao mesmo tempo, “não têm funding” para custear suas
obrigações. Como pode existir um subsídio gigantesco e faltar fonte de custeio?
É uma contradição grotesca, que escancara a improvisação de quem fala sem dominar o assunto.
No fim, o Brasil não tem um ministro da Fazenda: tem um improvisador de desculpas que não sabe diferenciar causa de consequência. A economia do país está nas mãos de um amador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário