sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Brasil à Deriva: a Retórica de Lula, o Tarifaço de Trump e a Realidade Fiscal Ignorada

Logo após o anúncio do tarifaço de Donald Trump, Lula pareceu confiante. Acreditou que a medida dos EUA abriria espaço para fortalecer seu discurso ideológico antiamericano, o que, em sua visão, poderia se converter em popularidade interna. Mas o tempo mostrou o contrário.

Enquanto outros países rapidamente negociaram exceções e adaptações com os EUA, o Brasil seguiu na contramão. A única "estratégia" adotada por Lula foi alimentar provocações nas redes sociais, atacando Trump e os Estados Unidos em tom de palanque. Resultado: isolamento. A mídia, antes conivente, agora começa a admitir — o Brasil ficou para trás.

Diante do fracasso diplomático, Lula dobra a aposta em delírios ideológicos, defendendo uma moeda única do BRICS para “eliminar o dólar”. Uma retórica vazia, que só serve para alimentar narrativas militantes, mas que, na prática, deixa o Brasil em um mato sem cachorro, enfraquecido e despreparado diante de um mundo que avança com pragmatismo.

No plano interno, a tragédia fiscal do país é atribuída diariamente a Jair Bolsonaro, como se fosse o único culpado por todas as mazelas. Fala-se em “bombas de efeito retardado” deixadas pela gestão anterior. Mas essa narrativa não resiste aos números.

A realidade fiscal atual tem assinatura do próprio governo Lula. No mais recente relatório do Tesouro Nacional, o governo admite que precisará de R$ 86 bilhões em novas receitas só para fechar o ano que vem. E as desculpas não param: tentam jogar a culpa até no pagamento dos precatórios — sendo que os precatórios devidos em 2022 foram pagos em 2023, com receita de 2022.

Enquanto isso, os gastos explodem. Foram R$ 200 bilhões a mais em despesas promovidas por essa gestão, numa busca desesperada por arrecadação. A última cartada é o uso do IOF como fonte de receita — uma medida temerária que ameaça desorganizar o mercado de crédito e atingir justamente os mais pobres, que dependem do crédito para sobreviver.

O mais grave? Prometeram entregar um resultado primário neutro, e, nos anos seguintes, superávit fiscal. A promessa era conter o avanço da dívida pública. Mas caminhamos exatamente na direção oposta.

A verdade é que estamos sendo governados por um populismo anacrônico, que prefere discursos ideológicos a resultados concretos. E o custo dessa escolha está caindo no colo do povo brasileiro — com juros altos, crédito travado, contas públicas insustentáveis e uma política externa desmoralizada.

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