sábado, 16 de agosto de 2025

A Estratégia da Escassez: Como a Pobreza Sustenta o Poder Político

O discurso político da esquerda, especialmente do Partido dos Trabalhadores (PT), carrega um paradoxo que, embora camuflado por retórica humanista, sustenta uma das estratégias mais antigas da manipulação de massas: criar o problema para vender a solução.

Promete-se combater a pobreza, mas na prática, ela é mantida, ou até aprofundada, porque é justamente dela que vem o combustível do projeto de poder. Não se trata de teoria da conspiração, mas de uma análise pragmática: onde há carência extrema, há dependência. E onde há dependência, há vulnerabilidade à manipulação política.

A pobreza, quando combinada com uma educação precária e um sistema de comunicação controlado por narrativas, gera um povo desinformado, acrítico e emocionalmente suscetível. Esse perfil de eleitor não cobra resultados concretos, contenta-se com discursos, slogans e pequenas benesses que não mudam estruturalmente sua condição. E é justamente esse conformismo que perpetua o ciclo da miséria.

A lógica é simples: quanto maior a dificuldade, maior o impacto de qualquer aparente facilidade. Uma cesta básica, um bolsa família, uma vaga em programa social são tratados como feitos heroicos, não como o mínimo esperado de um Estado que arrecada bilhões. Cria-se, assim, a cultura da gratidão por migalhas, enquanto as causas reais da pobreza permanecem intactas.

 É esse modelo que transforma políticas públicas em esmolas calculadas. Não se investe seriamente na autonomia do cidadão, como por meio de uma educação de qualidade, formação técnica, incentivo ao empreendedorismo ou desburocratização econômica. Ao contrário: estimula-se a dependência contínua, pois dela vem o voto seguro, a fidelidade cega e a blindagem ideológica.

Questionar essa estrutura não é desumanidade, é responsabilidade. O verdadeiro combate à pobreza exige coragem para romper esse ciclo, o que passa necessariamente pela valorização da liberdade individual, da meritocracia real, da informação plural e do desenvolvimento sustentável, pilares que o populismo evita, porque reduzem o seu controle.

No fim, a pergunta é: quem realmente deseja acabar com a pobreza? Quem quer ver o povo livre, autônomo e consciente? Ou quem lucra política e eleitoralmente com a sua permanência?

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