O discurso
político da esquerda, especialmente do Partido dos Trabalhadores (PT), carrega
um paradoxo que, embora camuflado por retórica humanista, sustenta uma das
estratégias mais antigas da manipulação de massas: criar o problema para vender
a solução.
Promete-se combater a pobreza, mas na prática, ela é mantida, ou até aprofundada, porque é justamente dela que vem o combustível do projeto de poder. Não se trata de teoria da conspiração, mas de uma análise pragmática: onde há carência extrema, há dependência. E onde há dependência, há vulnerabilidade à manipulação política.
A pobreza, quando combinada com uma educação precária e um sistema de comunicação controlado por narrativas, gera um povo desinformado, acrítico e emocionalmente suscetível. Esse perfil de eleitor não cobra resultados concretos, contenta-se com discursos, slogans e pequenas benesses que não mudam estruturalmente sua condição. E é justamente esse conformismo que perpetua o ciclo da miséria.
A lógica é simples: quanto maior a dificuldade, maior o impacto de qualquer aparente facilidade. Uma cesta básica, um bolsa família, uma vaga em programa social são tratados como feitos heroicos, não como o mínimo esperado de um Estado que arrecada bilhões. Cria-se, assim, a cultura da gratidão por migalhas, enquanto as causas reais da pobreza permanecem intactas.
Questionar essa estrutura não é desumanidade, é responsabilidade. O verdadeiro combate à pobreza exige coragem para romper esse ciclo, o que passa necessariamente pela valorização da liberdade individual, da meritocracia real, da informação plural e do desenvolvimento sustentável, pilares que o populismo evita, porque reduzem o seu controle.
No fim, a pergunta é: quem realmente deseja acabar com a pobreza? Quem quer ver o povo livre, autônomo e consciente? Ou quem lucra política e eleitoralmente com a sua permanência?
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