O recente pedido do Partido dos Trabalhadores (PT) para que o presidente Lula rompa relações diplomáticas e comerciais com o governo de Israel, sob o pretexto de solidariedade ao povo palestino. Isso não é apenas hipócrita — é cínico.
Ao afirmar: "solicitamos ao presidente Lula para que intervenha em favor da suspensão de relações diplomáticas e comerciais com o governo de Netanyahu. Viva o povo Palestino!", o PT tenta mais uma vez se esconder atrás de um manto de virtudes humanitárias para mascarar aquilo que já é de conhecimento público: seu alinhamento ideológico com o Hamas, grupo terrorista que governa a Faixa de Gaza com punho de ferro e sangue nas mãos.
Não há espaço para ingenuidade aqui. Não se trata de defesa dos direitos humanos, tampouco de preocupação com civis. Se fosse, o partido condenaria com a mesma veemência os ataques bárbaros do Hamas contra civis israelenses — incluindo mulheres estupradas, crianças queimadas vivas e idosos sequestrados. Mas não. O silêncio seletivo é ensurdecedor. A única indignação manifestada é contra Israel, retratado como o único vilão, enquanto os crimes hediondos cometidos pelo Hamas são convenientemente ignorados ou relativizados.
Esse viés deixa claro que não é o povo palestino que comove o PT — é a causa ideológica do Hamas. Não por acaso, o partido nunca manifesta apoio à Autoridade Nacional Palestina, sediada na Cisjordânia, que é reconhecida internacionalmente como o legítimo governo palestino e que busca a paz por meio da diplomacia. O foco está sempre em Gaza, controlada pelo Hamas, onde o extremismo islâmico domina, as mulheres são oprimidas e as crianças são usadas como escudos humanos.
Mais grave ainda é o impacto internacional de uma proposta como essa. Romper com Israel significaria romper com um dos países mais avançados em tecnologia, inovação, segurança cibernética e agricultura. Um parceiro estratégico do Brasil. Além disso, tal atitude colocaria o país em rota de colisão com aliados importantes do Ocidente, como EUA, prejudicando a imagem diplomática e os interesses comerciais brasileiros.
Essa manobra do PT, portanto, não é um gesto de solidariedade, é um ato político-ideológico radical, que despreza a complexidade do conflito e alimenta o extremismo sob o disfarce de compaixão.
Enquanto o PT presta continência simbólica ao Hamas, o povo palestino — este sim, vítima real da guerra, da opressão e do terrorismo — continua sendo usado como escudo por todos os lados. Infelizmente, até por aqueles que dizem defendê-lo.
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